terça-feira, 26 de março de 2013

JSD passa factura de 78 mil milhões de euros a José Sócrates


A Juventude Social Democrata passou uma factura ao antigo primeiro-ministro de 78 mil milhões de euros, pelos "seis anos de desgovernação" e pela hipoteca do "futuro da juventude portuguesa".
A Juventude Social Democrata (JSD) emitiu uma factura que tenciona entregar amanhã, 27 de Março, ao antigo primeiro-ministro, José Sócrates, informou a organização em comunicado.

Será à porta da RTP, estação de televisão, onde a partir de Abril o ex-primeiro-ministro o voltará às intervenções públicas regulares, através do comentário político, que a JSD apresentará a Sócrates a factura dos “6 anos de desgovernação”. O montante ascende aos 78 mil milhões de euros e corresponde, segundo aquela juventude partidária, ao valor da hipoteca do futuro da juventude portuguesa.

A entrega da factura será realizada no dia em que Sócrates dá uma entrevista à RTP.

quinta-feira, 21 de março de 2013

"Responsável pela bancarrota tem espaço no canal pago pelos portugueses"

O líder da JSD, Hugo Soares, em declarações, esta tarde, à comunicação social mostrou-se contra ao regresso de Sócrates à vida política nacional, desta vez como comentador na RTP.

Hugo Soares falou ainda pelas gerações mais jovens dizendo que "hoje o país está indignado" com o regresso do responsável pela situação actual de Portugal.

Hugo Soares lembrou que José Sócrates é o "campeão das PPP's, da dívida pública, dos défices públicos e da parque escolar".

O líder da JSD e deputado à Assembleia da República deixou na pagina pessoal do Facebook aquilo que referiu à imprensa nacional.

Mensagem de Hugo Soares no Facebook:

Acabei de prestar declarações à imprensa: "hoje toda uma geração, todo um País, está indignado. O Campeão das PPPs, da dívida pública, dos défices públicos, da parque escolar; o responsável material e formal por levar o País à bancarrota e a um pedido de resgate que tem para os portugueses as consequências que todos conhecemos, é agora o convidado de honra semanal da RTP, estação publica que é paga pelos impostos de todos os portugueses".

terça-feira, 19 de março de 2013

Mais razão que emoção

Bruno Costa, Presidente Honorário da JSD e Membro da Assembleia Municipal de Aveiro, diz que "dizer que a maioria dos militantes presentes na assembleia eram a favor da candidatura do Engenheiro Ribau Esteves parece um pouco pretensioso".

Intervenção na íntegra:

É já público que o processo de seleção do candidato do PSD às próximas eleições autárquicas não está a ser fácil para a Comissão Política Concelhia.

Não por força das escolhas em causa, mas mais pela emoção que tem sido sustentada por alguns militantes, ditos “históricos” (como se os partidos não fossem também feitos de renovação).

Quando a Comissão Política Concelhia do PSD de Aveiro decidiu, num ato verdadeiramente democrático, auscultar a sensibilidade dos seus militantes, estaria, com toda a certeza, longe de imaginar a falta de sensibilidade, de bom senso, de respeito, que alguns demonstraram após a Assembleia de Militantes da passada sexta-feira.

É certo que a carta de incentivo à candidatura do Eng. Ribau Esteves, tornada pública e subscrita por um grupo de “notáveis” (seja lá o que isso represente) não comporta nenhuma inverdade, nem deturpação da realidade. Sendo certo que, a bem da verdade, também não traduz, com a devida clareza, todos os factos.

Reconhece-se os argumentos da opção manifestada por alguns militantes na candidatura do Eng. Ribau Esteves. Mas não deixa de ser verdade que também houve quem manifestasse o desejo num terceiro mandato do Dr. Élio Maia, bem como quem questionasse, até, a possibilidade do Tribunal Constitucional inviabilizar, por impedimento legal, a candidatura do ainda presidente da autarquia de Ílhavo e da CIRA.


Dizer que a maioria dos militantes presentes era a favor da candidatura do Eng. Ribau Esteves parece um pouco pretensioso, já que apenas se fundamenta nas intervenções e não numa indicação, de facto, do sentido da opção dos cerca de duzentos social-democratas presentes. Para isso, seria suposto que o plenário dos militantes, a maioria não usando da palavra, estivesse de acordo com os defensores da candidatura do Eng. Ribau Esteves. Isso não pode ser garantido porque não foi apurado.

Por outro lado, quando se afirma na carta aos militantes que “as intervenções foram diversas e díspares e prolongaram-se até cerca da uma da manhã” parece contradizer a firmação de que a maioria deseja Ribau Esteves nos destinos da autarquia aveirense.

Além disso, a “dignidade, respeito e elevação” descritos igualmente na carta pública teriam muito mais valor se toda a discussão e debate tivesse, como solicitado e reiterado nas várias intervenções, permanecido restrito e discreto. Ou ainda o paradoxo entre o solicitar à Comissão Política Concelhia “coerência e isenção” na sua opção (que estatuariamente lhe compete) e vir, para a praça pública, exercer uma inqualificável e condenável pressão política. O momento próprio terminou, tal como descrito, à uma da manhã de sexta-feira para sábado, as emoções ficaram registadas nas intervenções proferidas (por sinal, pelo tal conjunto de “notáveis”, mais críticas em relação à atuação do Dr. Élio Maia do que, propriamente, mais defensoras das virtudes do Eng. Ribau Esteves)… restava agora a racionalidade e a ponderação necessárias para a melhor opção.

Pelas candidaturas, pela Comissão Política Concelhia, pelos militantes, pelo PSD-Aveiro, por Aveiro, tudo isto era, obviamente, escusado. Apenas justificado por algum saudosismo de protagonismo.

Dispensava-se.



sexta-feira, 8 de março de 2013

Hugo Soares: "Este governo ou sai escorraçado ou sai em ombros"

O presidente da JSD diz que os jovens não se revêem na classe política e admite que é difícil ter voz para defender o governo de Passos


A conversa com o presidente da JSD começa pelas fotografias. Faz um sorriso forçado e exclama que “nos tempos que correm” é difícil sorrir melhor. Hugo Soares diz que mudar o mundo “devagarinho” e não se importa de dar a cara por manifestações por melhores condições para a geração que “está enrascada”.
Antes de a entrevista começar disse que nos dias que correm é difícil não fazer um sorriso amarelo. E é difícil ser jovem do PSD?
É difícil ser político e ser dirigente. E de uma estrutura de juventude partidária ainda é mais. Os jovens não estão afastados da política. Nunca como agora - e as manifestações são prova disso - os jovens se interessaram tanto pelo futuro colectivo. Outra coisa é o afastamento dos políticos: não se revêem na classe política.
O que pensa a JSD fazer para aproximar jovens e políticos?
As pessoas só se aproximam se reconhecerem nos políticos um exemplo. O grande papel das juventudes partidárias é dar a visão de um jovem sobre os problemas transversais do país. A reforma do Estado é uma questão fundamental. Outra é credibilizar a vida pública. Já apresentámos três propostas ao primeiro-ministro: ao nível dos partidos entendo que o financiamento partidário e de campanhas deve ser exclusivamente público, o que acaba com a lógica de que há pessoas com interesses a financiar partidos; na Assembleia da República proponho que se crie um conselho de ética que analise do ponto de vista ético (e não de lei) as incompatibilidades dos deputados; e por fim, ao nível do governo houve uma lógica de encomendar legislação a escritórios de advogados que não faz sentido, quando temos universidades com os melhores professores a precisarem de ser financiadas.
Miguel Relvas deu o exemplo aos jovens portugueses?
Na esfera de actuação dele enquanto ministro, tem sido um excelente ministro.
A pergunta era no sentido político…
Percebo que a pergunta seja se um ministro que tem sido atacado por um conjunto de questões deve continuar no governo? Essa é uma responsabilidade do primeiro-ministro…
Os portugueses olham para Miguel Relvas e vêem essa credibilidade que defende?
Não vou extrapolar. O presidente da JSD tem total confiança no desempenho das funções do ministro.
É uma resposta politicamente correcta.
Não é. Não sou de meias palavras. Não concebo que num país como este se linche publicamente uma pessoa.
É isso que está a acontecer?
Acho que se tentou fazer isso com ele. Não concebo isso se não houver razões fundadas. Que se diga: “Este tipo mentiu, falseou”. Não o vi mentir. “Este tipo é um incompetente”. Não acho que seja.
É difícil defender o governo tendo em conta as manifestações na rua?
Não. Acho que não é. O que é difícil é ter voz para defender o governo.
Concorda com tudo o que o governo faz?
Não, como é evidente. O governo, como todos, comete erros e vai fazer muitas coisas mal. Acho que Passos Coelho vai sair como o melhor primeiro-ministro da história de Portugal. Até porque acho que este governo só tem duas hipóteses: ou sai escorraçado ou sai em ombros. A missão patriótica e histórica é de tal grandeza que não tem duas alternativas. Vamos rezar para que saia em grande. Se isto corre mal, e eu não acredito, é uma catástrofe. Agora é difícil ter voz. É uma lógica de mediatismo. Se quiser ser notícia, consigo sê-lo todos os dias, basta dizer mal.
Isso não foi o que fez Passos Coelho quando foi líder da jota e Cavaco era primeiro-ministro?
Acho que discordou quando teve de discordar. Por exemplo, há umas semanas saiu a ideia de que o serviço militar obrigatório poderia voltar. Se isso acontecesse o governo tinha-me na linha da frente contra essa loucura. Não me sinto também nada confortável com o facto de haver jovens que não recebem bolsas porque os pais têm dívidas às finanças. Já pedi uma reunião com o ministro da Educação. Não acredito num país onde há jovens que não estudam porque não têm condições, mas também não acredito que independentemente do rendimento, paguem o mesmo.
Defende um modelo diferenciado pelo rendimento?
A questão é: faz sentido um agregado familiar de 10, 15, 20 mil euros pagar as mesmas propinas do que um agregado mais pobre?
Qual é o modelo a seguir?
Quem mais ganha tem de pagar mais para que quem não tem possibilidades possa pagar menos.
Os impostos não fazem já essa diferenciação?
Sim, mas a verdade é também que os impostos não chegam para pagar o Estado social. É preciso encontrar um mecanismo que seja sustentável e a nossa geração deve defender este Estado social.
Como é que é possível cortar os 4 mil milhões ou a reforma do Estado ou as poupanças, como prefere agora o governo dizer, sem ser na Saúde, Educação e Segurança Social?
A JSD foi a primeira a querer liderar esse debate. Não quero que haja uma meta. Foi um erro político colocar a questão dizendo que tem de se reformar cortando quatro mil milhões. A questão é que queremos reformar o Estado porque queremos dar-lhe sustentabilidade.
Isso é o que defende António José Seguro, que diz que está disposto a debater a reforma sem ser cortar os quatro…
… sem que se corte nada. O maior atentado ao Estado democrático foi o que o PS fez ao recusar participar na comissão parlamentar. Todas as discussões difíceis, Seguro não as quer fazer. António José Seguro chegou a líder do PS sem ter opinião sobre coisa alguma. Não o consigo respeitar pela forma enviesada, titubeante, irresponsável como assume ser o líder do maior partido da oposição. Voltando à reforma. Quando saí do congresso mandei uma carta à JS a desafiá-los para nos sentarmos à mesa a discutir. Era um exemplo de maturidade.
Qual foi a resposta?
Passados três meses disseram que estão muito disponíveis, mas que nós temos uma visão muito diferente por isso nem vale a pena. Esta falta de vontade de consenso político incomoda-me.
A defesa dessas ideias e manifestações constantes como a do passado sábado não é a prova de que o PSD se está a afastar dos portugueses?
Vou dizer uma crueldade que sei que as pessoas, sobretudo a laranjada, não gosta que se diga. Vivemos há 35 anos num país onde toda a gente diz mal, o diagnóstico está feito há muitos anos, a primeira vez que um governo começa a mexer em tudo, falando a verdade, as pessoas afastam-se porque não é popular, não é eleitoralista. Se a consequência de o governo fazer o que tem de fazer é preciso perder eleições, então eu estou como o Passos: que se percam as eleições.
O partido aceita isso?
Espero bem que aceite. Quero crer que sim.
Tem ouvido muitas queixas?
Sim, muitas.
De amigos?
E dos meus pais. Estar na vida política é uma coisa a full-time. A minha mãe olha para mim e diz-me que lhe cortaram 300 euros de pensão e pergunta-me: “o que é isto?”. E queixam-se. Todos os dias ouço queixas, muitas.
Tem amigos que foram à manifestação?
Devo ter. Os mais próximos não porque no sábado fiz anos e estavam todos na minha festa.
Já foi a alguma manifestação?
Sim, a várias. Liderei algumas quando estava nas associações de estudantes.
Só contra governos socialistas?
Não. Quando acreditava nas causas. Agora não posso ir a uma manifestação que diz “Que se lixe a troika”. Já escrevi um artigo em que pergunto: “E se a troika nos manda lixar a nós?”
Foi à manifestação da “Geração à rasca” quando José Sócrates era primeiro-ministro?
Fui. Foi uma manifestação de uma geração à rasca. E iria outra vez se houvesse uma manifestação que se chamasse “Geração á rasca”.
Se amanhã houvesse uma iria?
Sim, porque a nossa é uma geração enrascada que nunca vai viver como a dos nossos pais.
Mesmo sendo um governo PSD?
Claro que sim. Não significava que estivesse lá a dizer que este governo é uma porcaria, mas iria para alertar as pessoas para a falta de oportunidades que a minha geração tem, que é brutal.
O que tem feito o governo para combater o desemprego jovem?
Reformas estruturais por um lado, ajustamento por outro. Ninguém consegue correr com uma mochila às costas cheia de pedras, que são a dívida e o défice. A aposta na educação é fundamental.
Nuno Crato tem feito o que é suposto?
É um excelente ministro. Há muito para fazer na Educação, sobretudo falar verdade. Vamos falar verdade: o país tem cada vez menos gente, nascem cada vez menos crianças e esse é um grave problema.
O que se deve fazer?
Tem de se reduzir o número de vagas e o número de cursos.
E fechar faculdades ou politécnicos?
Tem de ser reorganizar. É preciso reorientar os politécnicos para a verdadeira função deles: ensino técnico. Acho bem que as pessoas tenham direito aos seus sonhos, mas se disserem que tens de ter média de 18 porque as vagas são poucas e tens de ter uma boa média, então tem de se lutar pela excelência.
O governo está a conseguir travar o desemprego jovem?
É claro que não está porque está a aumentar. E não está porque isto não se faz do dia para a noite.
Esse não tem sido o problema do governo: comunicação e divulgação?
Divulgação não me preocupo que seja um problema porque para foguetes, panfletos, festa-festa, já chegou. Comunicação acho que sim, mas também é muito difícil comunicar quando o país está no estado em que está. Quando se diz um milhão de vezes que se quer reformar o Estado para o tornar sustentável e o que sai é que o governo quer acabar com o Estado social, é impossível. Agora claro que há erros políticos do ponto de vista da comunicação. Há coisas que não deviam ser ditas de uma forma diferente.
O PSD não desapareceu com a ida para o governo?
A JSD não desapareceu. Se o PSD desapareceu não devia. Cada militante do partido devia fazer o que Cavaco Silva disse uma vez: pegar na sua bicicleta e pedalar, explicar às pessoas o que está a acontecer.
Alguns dos presidentes da JSD estão no topo da política. Tens ambições de chegar mais longe?
Sou a pessoa mais realizada do mundo. Adoro aquilo que faço, adoro fazer política e não tenho vergonha de o assumir. Adoro a minha profissão. Adoro ter responsabilidades e mudar a vida das pessoas, devagarinho. Mas amanhã, se o partido e aqueles que fazem as listas e os cidadãos não me elegerem eu tenho uma vida profissional que seguirei sempre. Aquilo que me reserva não sei, mas gosto muito de ter responsabilidades políticas.

Fonte: Jornal I

segunda-feira, 4 de março de 2013

Hugo Soares em debate sobre a queda demográfica

O líder da JSD participa esta tarde, no Theatro Circo, em Braga, num debate organizado pelo Expresso e sob o tema: "Cada vez menos e mais velhos. Como inverter a tendência?"

À partida para esta conferência, Hugo Soares não deixou de sublinhar a importância que o tema tem nos dias de hoje, mas lembrou que esta é uma questão que pode trazer problemas no futuro.

O líder da Jota deixou a ideia clara, antes da entrada para o debate, através do Facebook.

Mensagem de Hugo Soares na íntegra:

Esta tarde estou no Theatro Circo, em Braga, na conferência do Expresso "Cada vez menos e mais velhos. Como inverter a tendência?". Uma iniciativa importante e que urge potencializar para preparar o futuro das novas gerações!