JSD apresenta alterações ao Código do Trabalho para flexibilizar o Estatuto do Trabalhador-Estudante

Um das propostas permite ao trabalhador-estudante, que frequenta um curso em regime de ECTS, optar por cumular os dias anteriores ao da prestação das provas de avaliação, num máximo de três dias, seguidos ou interpolados, prevendo-se também a possibilidades de apenas usufruir, se assim o entender, de meios dias.
Para Joana Barata Lopes, Deputada do PSD e membro da Comissão de Trabalho e Segurança Social da Assembleia da República “é necessário dar possibilidade aos trabalhadores-estudantes de adaptarem as horas de estudo às suas necessidades, indo de encontro ao melhor espírito do Processo de Bolonha”.
Outra das propostas de alteração visa simplificar e dar maiores garantias aos estudantes de conseguirem comprovar, junto da sua instituição de ensino, a sua condição de trabalhador. Com a nova redacção proposta pelo PSD, o estudante pode comprovar a sua condição de trabalhador, não tendo que recorrer apenas à sua entidade patronal, caso seja trabalhador por conta de outrem, nem impossibilitando o acesso trabalhadores por conta própria, mas podendo apresentar outro tipo de comprovativos.
Como clarifica a Deputada Joana Barata Lopes “esta situação ajuda a resolver situações de injustiça no acesso ao Estatuto já que muitas instituições de ensino exigiam um comprovativo da entidade empregadora, o que poderia originar atrasos e até obstáculos no acesso ao Estatuto. Com uma declaração da Segurança Social ou de outra caixa privada, o estudante pode ver facilitado o seu acesso ao Estatuto”.
A Bancada Parlamentar do PSD também propôs que o Estatuto do Trabalhador-Estudante seja sujeito a diploma de regulamentação, não se esgotando nas normas constantes do Código do Trabalho, de modo a poderem ser mais especificadas e desenvolvidas.
Com estas propostas apresentadas pelo grupo parlamentar do PSD, além de se facilitar o acesso ao Estatuto de Trabalhador-Estudante, simplificando-se o processo, evitando-se potenciais bloqueios da entidade patronal, “a adaptação deste diploma à realidade já não tão recente do Ensino Superior com a implementação do Processo de Bolonha, iniciando o caminho para que os direitos previstos pelo Estatuto se tornem compatíveis com os cursos organizados em ECTS é profundamente inovador e revela verdadeiro conhecimento das necessidades dos estudantes-trabalhadores”, como referiu a Deputada Joana Barata Lopes.
Com a revisão deste Estatuto, além da oportunidade de se poder melhorar e adequadar as necessidades de quem é beneficiário, corrigindo-se eventuais injustiças, pretende-se também corresponder à mudança do paradigma social de Trabalhador-Estudante para uma realidade cada vez maior do Estudante-TrabalhadorFonte: JSD
Sem comentários:
Enviar um comentário