quinta-feira, 20 de junho de 2013

COMUNICADO JSD: Resposta a Mário Nogueira

Resposta às declarações de Mário Nogueira

A JSD vem a público expressar a sua indignação perante as declarações insultuosas do dirigente sindical Mário Nogueira.

A JSD vem a público expressar a sua indignação perante as declarações insultuosas do dirigente sindical Mário Nogueira. Não sendo merecedor de resposta, pelo baixo nível das considerações que teceu, merece aquele dirigente sindical uma lição. Uma lição que ensine o respeito pela pluralidade de opiniões e pela liberdade de acção e expressão, o que claramente está em falta no sindicalista, mas que não pode ser admitida no (outrora) professor.

Estranha muito a JSD que o sindicalista Mário Nogueira, em face de uma pretensão tão singela quanto aquela formulada na questão que os deputados da JSD endereçaram ao Ministério da Educação e Ciência – e que era, recorde-se, a de saber quanto custam ao erário público os sindicatos dos professores -, tenha perdido a cabeça e a razão, optando por usar do insulto e da mais baixa e indigente retórica argumentativa.

Esquece-se o dirigente sindical Mário Nogueira que a democracia se compõe do livre exercício da consciência crítica e que o mandato dos deputados merece apenas a sindicância do povo português?

Desconhece Mário Nogueira que é prerrogativa, para não dizer mesmo dever de ofício, de um deputado escrutinar todas as verbas gastas pelo Estado?

A JSD ignora as razões que levaram a uma tão descontrolada e indigna reacção por parte de um dirigente sindical que, mal-grado o seu longo afastamento das lides lectivas, deveria promover uma outra forma de estar e agir.

A JSD solidariza-se com o Senhor Ministro da Educação pois, se a atitude de Mário Nogueira para com uma inofensiva pergunta da JSD teve o condão de espoletar uma tal reacção, só podemos imaginar o conteúdo e forma das intervenções do dirigente sindical no contexto das negociações entre o Ministério e a FENPROF.

Finalmente, cumpre repudiar o paternalismo bacoco e a desconsideração institucional que o dirigente sindical Mário Nogueira ensaiou e que, à laia de um desajeitado uso da mais deplorável retórica política, quis fazer passar por comentário de resposta. Onde faltam argumentos, sobram os insultos e  Mário Nogueira fez jus a esta velha máxima, denegrindo não os alvos, mas a sua pessoa e, por arrasto, a instituição que representa.

Fique, para todos os efeitos, o dirigente sindical Mário Nogueira a saber que  há, entre os mais de 50 mil militantes da JSD, muitos que têm mais anos de trabalho na carreira que escolheram do que o ex-Professor Mário Nogueira alguma vez terá na sua, agora que a mesma se aproxima do ocaso.

Quanto à inaceitável insinuação de que os jovens da JSD se formaram com base em ideias ou manuais de origem salazarista, menção verdadeiramente indesculpável e reveladora da personalidade de quem a profere, a JSD dispensa-se de repudiar o óbvio, garantindo que não foram livros de Salazar, nem de Lenine, ou Estaline que formaram a identidade e o espírito crítico dos seus membros. “Foram antes os professores dedicados que puseram a sua função ao serviço da comunidade, que leccionaram toda uma vida e que fizeram questão de nos dizer para não temermos os “Mários Nogueiras” desta vida, que nos ensinaram a não estranhar ouvir dos mais velhos as mais velhas frases feitas e lugares comuns e que nos desafiaram a romper com formas de estar e de ser paternalistas e sobranceiras, que de democrático não carregam mais do que as letras que formam aquela palavra”, declarou Hugo Soares, líder da JSD.

O presidente da estrutura reafirmou a vontade de esclarecer o objecto das perguntas efectuadas ao Ministério da Educação, ressalvando não ser este um ataque a quem quer que seja, mas apenas uma legítima e normal questão, à qual espera uma resposta com idêntica normalidade.

Hugo Soares aproveitou para relembrar que a JSD conta, nas suas fileiras com inúmeros professores. Jovens esses que Mário Nogueira insultou de forma indesculpável. Jovens que escolheram esta carreira não em busca de promoções automáticas, mas em busca de serem, eles próprios, exemplos de competência e entrega aos seus alunos, merecendo, no mínimo a retratação pública daquele dirigente sindical que é, por defeito, seu colega.

Estará na altura, porventura, de Mário Nogueira voltar ao banco de escola e reaprender, com esses professores, militantes da JSD, a importância do respeito e da elevação no debate público. Até lá a JSD afirma a sua total indisponibilidade para contribuir para a promoção mediática de uma figura que não lhe merece qualquer credibilidade e de quem não pode, como está mais do que claro, aprender o que quer que seja.

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