terça-feira, 25 de maio de 2010

A JSD Aveiro manifesta-se contra a introdução de portagens nas SCUT

O governo socialista tem vindo a habituar-nos a não cumprir as suas promessas eleitorais. Nas eleições legislativas de 2005 foram prometidos 150.000 novos postos de trabalho e o que se vê é a taxa de desemprego a subir a cada semana. Já nas eleições de 2009, José Sócrates comprometeu-se a não introduzir portagens nas SCUT, o que mais uma vez, não se veio a verificar.

São os cidadãos os sacrificados e desta vez são os Aveirenses que estão a ser castigados com a introdução de portagens nas SCUT. Já não basta serem discriminados na falta de apoio nos transportes públicos à semelhança do que se passa em Lisboa e o Porto, ainda vão ter que pagar para circular em vias, com alternativas pouco viáveis. Constatemos ainda em relação aos transportes públicos, que a MoveAveiro que tem efectivamente uma situação financeira debilitada, ao ser subsidiada pelo governo, como acontece nas duas maiores cidades do país, poderia ter “saúde” financeira e prestar um melhor serviço aos Aveirenses. Mas mais uma vez, Lisboa e Porto são os cidadãos de 1ª e o restante do país é tratado como cidadãos de 2ª.

A JSD sempre defendeu o princípio do utilizador pagador, desde que existam alternativas viáveis. Mas neste caso, com a introdução de portagens nas SCUT, estas alternativas não existem, não se justificando como tal, a introdução de portagens nos locais onde os pórticos se encontram instalados.

As “alternativas” que o governo socialista afirma existirem às SCUT são vias antiquadas e sem condições como a EN 109, que colocam gravemente em causa a segurança rodoviária e que vendo o seu fluxo aumentado se tornará intransitável. Uma medida que só poderá vir de alguém que está fechado num gabinete e que nunca percorreu uma estrada nacional para ir trabalhar.

Sejamos práticos: um trabalhador Aveirense que reside em S. Jacinto e que tem o seu posto de trabalho em Esgueira, além de ter diariamente o custo do Ferry tem duas opções: utilizar a A25 e pagar a viagem de ida e volta ou optar por atravessar o centro da Gafanha da Nazaré, sujeitando-se muito provavelmente a chegar atrasado ao emprego, ou a perder o Ferry para voltar a casa.

Para a introdução de portagens nas SCUT está prevista uma receita de aproximadamente 120 milhões de euros, mas valerá o esforço dos contribuintes Aveirenses já sobrecarregados com a subida de impostos, desemprego, preço dos combustíveis e o encerramento de pequenas e médias empresas?

O governo socialista tem como bandeiras eleitorais, as grandes obras públicas como o TGV e o novo aeroporto da Portela, mas serão estas prioridade numa altura de crise? Não irão estas condicionar o investimento das próximas gerações? Será que o governo socialista se esqueceu do conceito de desenvolvimento sustentável?

O autismo do governo socialista que fez ouvidos surdos aos avisos do PSD de que a crise estava instalada assemelha-se ao que aconteceu no Município Aveirense.


Juventude Social Democrata de Aveiro

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