Os candidatos a deputados da Juventude Social-Democrata (JSD) assinaram hoje um contrato eleitoral em que se comprometem a especificar os motivos das suas faltas e a apresentar um relatório anual sobre a sua actividade no Parlamento. O contrato eleitoral da JSD foi assinado numa cerimónia no Museu do Oriente, em Lisboa, em que estiveram presentes a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, e o presidente da JSD, Pedro Rodrigues. A JSD tem nas listas do PSD às legislativas de 27 de Setembro onze candidatos que seriam eleitos caso os resultados das últimas eleições se repetissem. No total, entre efectivos e suplentes, são 46 os candidatos da organização de juventude do PSD. Na sua intervenção, o presidente da JSD afirmou que contrato eleitoral hoje assinado é "um compromisso com a credibilização do sistema político". Pedro Rodrigues assinalou que os futuros deputados da JSD se comprometem a divulgar as suas agendas e os seus rendimentos. "Os nossos deputados que faltarem terão a obrigatoriedade de justificar as faltas e, meus caros amigos, chega do tempo em que as faltas, pelo menos para nós, sejam justificadas com trabalho político", destacou, em seguida, o presidente da JSD. "As nossas justificações têm de ser densificadas, para que os jovens portugueses saibam o que é que os nossos deputados andaram a fazer para não estarem no Parlamento, no plenário ou nas comissões", acrescentou. Pedro Rodrigues referiu ainda que os candidatos da JSD se comprometem a apresentar "um relatório anual com a actividade de cada deputado" e afirmou que "serão a voz da juventude no Parlamento, não serão a voz do partido no Parlamento". Antes, o presidente da JSD considerou que os problemas que Portugal enfrenta hoje "são exactamente" os mesmos de "há 30 anos" e que as abordagens para os resolver são também as mesmas. "Os jovens não acreditam já na velha política. A juventude portuguesa está cansada das mesmas posturas, das mesmas posturas que nada resolvem, das mesmas abordagens de sempre", prosseguiu, defendendo a necessidade de "uma nova geração de políticos, que fale a mesma linguagem da juventude". Pedro Rodrigues apontou "a mais alta taxa de desemprego de jovens licenciados na Europa, 18,7 por cento", e os "22 mil jovens que ficam de fora dos incentivos ao arrendamento jovem" no final da actual governação do PS. Dirigindo-se à presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, declarou: "A juventude também acredita em si, acredita que é possível voltarmos a liderar a Europa, voltarmos a estar no topo dos índices mais importantes ao nível do desenvolvimento social".
Por Lusa
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